quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A voz do vento



Monsanto, "a aldeia mais portuguesa de Portugal". Não há realmente nada como regressar à terra e ouvir o vento a segredar-nos os contos das casas de pedra granítica que se confundem com os montes e vales que as rodeiam. Poder ver que ali toda a intervenção humana, tão singela mas firme, não modifica a paisagem mas apenas a completa. Ir encosta acima rumo às ruínas do castelo em caminhada silenciosa enquanto a imensidão nos envolve e ouvir a estranha música do vento por entre os pedregulhos que se confunde com os cantares das adufeiras que ao longe tentam trazer à vida as histórias de quem já não existe. E poder vivenciar a simplicidade, a natureza, a vida que se encontra nos locais onde todos afirmam que o tempo parou, mas que na verdade respiram verdadeiramente. Ir a Monsanto é,  com a calma de quem encosta a cabeça numa almofada, redescobrir a autenticidade.






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