sábado, 22 de outubro de 2011

As sete letras

Tenho a certeza que o sol inveja o teu sorriso e que a seda inveja o teu toque. E que a música inveja a tua voz e a dança inveja cada movimento teu. Tudo em ti se conjuga na perfeição. E até a própria perfeição teria razões para te invejar. Acredita que és o valor máximo de cada coisa.  A tua ternura é a mais terna do mundo, e o teu calor o mais quente, a tua beleza a mais bela. E cada novo bocadinho teu que descubro me fascina e faz-me querer conhecer-te cada vez melhor, chegar às tuas porções mais profundas e intensas. Quero conhecer-te plenamente, e quero que me conheças também. Quero todos os dias lutar a teu lado, todos os dias lutar por ti e quero poder estar contigo para sempre. Não peço o para sempre do Universo - não posso abusar da sorte, mas o para sempre de cada momento em que estamos juntos. Talvez um dia te consiga dizer o que por ti sinto, mas por agora tenho de me contentar com as sete letras : eu amo-te.

sábado, 15 de outubro de 2011

P.S(!!!) - http://www.youtube.com/watch?v=_d94WJj6OWQ     (cabeça despistada!)

só para ser mais agradável :)
Um lugar ao Sol...


Aqui estou eu deitado. Mesmo com esta sombrinha em cima de mim, tão prestável...mas tão miudinha que me deixa sentir o sol que parece ter-se erguido só para me sorrir e aquecer. Tudo se arrasta, tudo está a acontecer agora, mas bem longe para não me incomodar. Algures alguém deverá estar a gritar, mas eu não oiço. Apenas oiço o vento que bate nas folhas e corre rente à relva. Algures alguém está a desperdiçar tempo, mas eu nunca tenho esse problema. Aqui o tempo é meu, ou pelo menos é-o agora, e não quero saber de mais nada. Sou livre de estar aqui a dormitar, e espreguiçar-me, a sonhar, a sentir este calor que me cobre. O que quero é rodear-me desta simplicidade, esta calma, este silencio que faria tão bem a cabeças confusas. Eu nunca me confundo, sei bem o que quero, que é sentir este momento. Não vale a pena pensar no futuro.. ele chega a toda a hora. Venha o que vier, eu já sou um sortudo por estar aqui e não noutro lado qualquer. E nada me preocupa, nem as coisas más, não as sinto aqui, estão bem longe...

Como eu queria ter desses momentos

domingo, 9 de outubro de 2011

"The talent for being happy is appreciating and liking what you have, instead of what you don't have."


Se é sensato querermos melhorar a nossa vida? Sim, esse é de facto um grande objectivo. Desprovido de bom senso é ,na minha opinião, perder o pouco tempo a que temos direito neste mundo a considerermo-nos uns desgraçados por todo o mal que nos aconteceu. Não quero com isto transmitir a ideia de que não tenho noção de que há pessoas que já passaram por coisas horriveis ao longo da sua existência. Eu própria já pude provar um pouco dessa agonia. E todos nós sabemos que "na vida há altos e baixos" e que por vezes nos deparamos com situações que parecem tirar o sentido a tudo. No entanto, este mundo é tão vasto e tão cheio de coisas por descobrir que dificilmente acredito que não consigamos encontrar o necessário para ter uma vida plena. É uma questão de tentar relativizar um pouco as coisas. Eu experimentei e deu resultado.

Quantas vezes não senti um vazio no peito que quase me impedia de respirar? Ou me senti a desintegrar, ou cheguei ao ponto de desespero de querer fugir para bem longe daqui e ser outra pessoa com outra vida completamente diferente? E quantas gentes por aí já não sentiram o mesmo? Acredito que todas, umas mais intensamente que outras, mas todas; porque para haver o Bom tem que haver o Mau, e nenhum deles anda sozinho, há um pouco de tudo reservado para cada um de nós. O que distingue as pessoas felizes das infelizes é o ponto de vista.
Um dia pus-me a olhar para as minhas mãos, a mexer os dedos e a senti-los. Essa foi a primeira vez que tomei consciência de que os tinha: "Tenho duas mãos funcionais, cada uma com cinco dedos funcionais, e com elas posso fazer as coisas mais vulgares ou aquelas que quase ninguém faz. Posso fazer o que eu quiser com estas mãos.". E aí reparei que assim se passava com o resto do meu corpo. Eu posso correr, posso saltar, posso cantar, posso gritar, posso ver, posso sentir, posso ouvir posso pensar por mim mesma, entre milhares de coisas! E assim o é na minha vida: nunca passei fome, nem sede, nem frio; tive sempre uma casa, uma família que me amou e me ama, e que faz tudo por mim, tenho acesso a uma educação e ainda direito a pequenos luxos. E tudo isso me permitirá um dia, se seguir as opções certas, ter a minha independência e liberdade. Então que obrigação não tenho eu senão a de ser feliz?

Há sítios por este mundo fora onde pessoas mentem, agridem, matam, violam, destroem, constituindo assim um lado muito mau. Eu pelo menos sinto que nunca serei uma dessas pessoas. Eu prefiro o lado luminoso, eu quero ver felicidade à minha volta. Se cada um de nós der atenção às coisas que têm realmente valor, que nos rodeiam e que verdadeiramente nos dão prazer, poderemos então tornar o nosso mundo num mundo melhor e consequentemente melhorar toda a realidade.



Vamos lá dar atenção àquilo que realmente merece atenção, tomar consciência da existência dos outros, começar a valorizar as nossas capacidades e as nossas ideias, ter a coragem de deixar o mundo entrar em nós para poder descobrir as coisas maravilhosas e belas que existem e deixar de fazer da vida um ciclo vicioso. :)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E tudo tem a sua oportunidade à mudança

Uma lista alaranjada rasga o azul profundo do céu. A noite vai caindo sem pressas, calando lentamente as vozes, acalmando os movimentos... Tudo se prepara para o seu retiro que permite a revitalização. Ao longe um pássaro bate as asas, ele também exausto, ansiando pelo descanso merecido. Aquele fim de dia é também o fim de um ciclo. E muitos se vão seguindo, a cada segundo, a cada hora, a cada porção de tempo algo finda. E após o fim de um ciclo não há alternativa senão continuar o movimento, dar lugar a um início em que pelo menos uma coisinha será diferente, fruto da evolução e do desenrolar dos acontecimentos sobre a vida. E é graças às pequenas mudanças que um dia olhamos para trás e percebemos que tudo está diferente de como era dantes. A própria lista alaranjada nao se repetirá e o pássaro acabará por deixar de batar as asas. Nesses dias pensamos: "Como é que tudo mudou?". E esse pensamento enche qualquer um de medo, de questões acerca do que virá a seguir e invade-nos a sensação de que nada é certo e que a qualquer momento perderemos tudo sem poder sequer agir. E sim, somos pequenos e pouca coisa conseguimos controlar. Mas dentro de nós há aquela força que aparece quando menos esperamos e que suporta os impossíveis. E porque não usar um pouco dela para guardar a lista no nosso coração? Ou o pássaro? Ou para acariciar todos o que nos fazem sentir felizes e vivos de forma a que fiquem do nosso lado? O importante é não desistir da vida, guardar connosco aquilo que é realmente importante e que nos acompanhe atravès dos ciclos, dos dias, de tudo. E claro, aceitar que o passado não volta, e não desesperar quando algo chega ao fim, pois  aquilo que isso nos proporcionou já ninguém nos tira. Usemos as boas experiências para seguir em frente, pois sem fins não há princípios! :)