domingo, 9 de outubro de 2011

"The talent for being happy is appreciating and liking what you have, instead of what you don't have."


Se é sensato querermos melhorar a nossa vida? Sim, esse é de facto um grande objectivo. Desprovido de bom senso é ,na minha opinião, perder o pouco tempo a que temos direito neste mundo a considerermo-nos uns desgraçados por todo o mal que nos aconteceu. Não quero com isto transmitir a ideia de que não tenho noção de que há pessoas que já passaram por coisas horriveis ao longo da sua existência. Eu própria já pude provar um pouco dessa agonia. E todos nós sabemos que "na vida há altos e baixos" e que por vezes nos deparamos com situações que parecem tirar o sentido a tudo. No entanto, este mundo é tão vasto e tão cheio de coisas por descobrir que dificilmente acredito que não consigamos encontrar o necessário para ter uma vida plena. É uma questão de tentar relativizar um pouco as coisas. Eu experimentei e deu resultado.

Quantas vezes não senti um vazio no peito que quase me impedia de respirar? Ou me senti a desintegrar, ou cheguei ao ponto de desespero de querer fugir para bem longe daqui e ser outra pessoa com outra vida completamente diferente? E quantas gentes por aí já não sentiram o mesmo? Acredito que todas, umas mais intensamente que outras, mas todas; porque para haver o Bom tem que haver o Mau, e nenhum deles anda sozinho, há um pouco de tudo reservado para cada um de nós. O que distingue as pessoas felizes das infelizes é o ponto de vista.
Um dia pus-me a olhar para as minhas mãos, a mexer os dedos e a senti-los. Essa foi a primeira vez que tomei consciência de que os tinha: "Tenho duas mãos funcionais, cada uma com cinco dedos funcionais, e com elas posso fazer as coisas mais vulgares ou aquelas que quase ninguém faz. Posso fazer o que eu quiser com estas mãos.". E aí reparei que assim se passava com o resto do meu corpo. Eu posso correr, posso saltar, posso cantar, posso gritar, posso ver, posso sentir, posso ouvir posso pensar por mim mesma, entre milhares de coisas! E assim o é na minha vida: nunca passei fome, nem sede, nem frio; tive sempre uma casa, uma família que me amou e me ama, e que faz tudo por mim, tenho acesso a uma educação e ainda direito a pequenos luxos. E tudo isso me permitirá um dia, se seguir as opções certas, ter a minha independência e liberdade. Então que obrigação não tenho eu senão a de ser feliz?

Há sítios por este mundo fora onde pessoas mentem, agridem, matam, violam, destroem, constituindo assim um lado muito mau. Eu pelo menos sinto que nunca serei uma dessas pessoas. Eu prefiro o lado luminoso, eu quero ver felicidade à minha volta. Se cada um de nós der atenção às coisas que têm realmente valor, que nos rodeiam e que verdadeiramente nos dão prazer, poderemos então tornar o nosso mundo num mundo melhor e consequentemente melhorar toda a realidade.



Vamos lá dar atenção àquilo que realmente merece atenção, tomar consciência da existência dos outros, começar a valorizar as nossas capacidades e as nossas ideias, ter a coragem de deixar o mundo entrar em nós para poder descobrir as coisas maravilhosas e belas que existem e deixar de fazer da vida um ciclo vicioso. :)

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